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(Seg, 21 Out 2019 14:15:00)

Foi realizado, em Brasília, o 5º Seminário Internacional do Trabalho Seguro com o tema ‘Violências no Trabalho: Enfrentamento e Superação’. Foram três dias de palestras e debates com representantes da Justiça do Trabalho e convidados.

Leia abaixo a transcrição da reportagem:

REPÓRTER – O debate é antigo: como enfrentar e superar os diversos tipos de violência no ambiente de trabalho? O presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro Brito Pereira, ressalta que, mesmo em 2019, essa discussão ainda é necessária.

Ministro Brito Pereira – Presidente do TST e do CSJT
“Acontece todos os dias essa violência no trabalho. A violência no trabalho é comum, muito mais do que nós imaginamos, então nós precisamos falar disso todos os dias.”

REPÓRTER – O 5º Seminário Internacional do programa Trabalho Seguro reuniu durante três dias representantes da Justiça do Trabalho, especialistas no assunto e outros convidados. A ministra Delaíde Miranda Arantes, coordenadora do programa Trabalho Seguro, destacou que é preciso um novo olhar sobre as relações entre empregados e empregadores.

Ministra Delaíde Miranda Arantes – Coordenadora do programa Trabalho Seguro
“Nós vivemos no mundo uma crise de empregabilidade e vivemos também tempos de precarização do trabalho, de diversas formas de contratos precários, terceirização, contrato intermitente, e tudo isso agrava as estatísticas de violência no trabalho: acidentes, doenças ocupacionais, assédio, assédio moral e de todas as formas de violência no trabalho.”

REPÓRTER – A conferência magna de abertura do Seminário foi realizada pelo indiano Kailash Satyarthi, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2014.

Kailash Satyarthi – Prêmio Nobel Da Paz
“O primeiro passo é garantir segurança, dignidade, liberdade para todas as pessoas em qualquer local de trabalho, ao lado de um ambiente sem medo. Assim, poderemos definitivamente nos livrar do assédio e da violência e promover a paz”.

REPÓRTER – Durante o seminário, foi montado no TST o ‘acidentômetro’, um painel que contabiliza o número de acidentes envolvendo trabalhadores com carteira assinada desde 2012. Os dados apresentados foram disponibilizados pela Organização Internacional do Trabalho, a OIT, e pelo Ministério Público do Trabalho. O evento foi aberto ao público. A programação englobou debates, mesas redondas, exibição de documentários e conferências com temas relativos a direitos humanos, à promoção da paz, aos caminhos da não violência no trabalho e ao papel da sociedade nessas relações. Foi uma troca de experiências que deve ser levada para dentro das empresas, segundo o diretor jurídico da Caixa Econômica Federal, Gryecos Attom Valente Loureiro.

Gryecos Attom Valente Loureiro – Diretor Jurídico da Caixa Econômica Federal
“Um seminário de nível internacional, com palestrantes que vão trazer visões e opiniões sobre debates que estão ocorrendo em outros países… Eu acho que só engrandece juridicamente, intelectualmente, a produção final do que vai se extrair desse seminário.”

REPÓRTER – O professor de filosofia do direito da Universidade de Sevilha, na Espanha, Davi Sanchez Rubio, enfatizou que  a violência no ambiente de trabalho é uma afronta aos próprios direitos humanos e deve ser entendida como uma questão estrutural na sociedade. 

David Sanchez Rubio – Professor da Universidade De Sevilha, Departamento de Filosofia do Direito
“Meu ponto de partida como hipótese é que a cultura ocidental tem um modo de desenvolver sociabilidades, que desde o início são assimétricas, desiguais e provocam violência. Se projeta sobre o mundo do trabalho, mas se projeta sobre outras realidades. É uma forma que a cultura ocidental tem de, interseccionalmente, espalhar sistemas de dominações sexuais, de gênero, de classe sociomateriais, etc. E o mundo como compreendemos, entendemos direitos humanos, é excessivamente estreito, reduzido e não tem capacidade de enfrentar essas sociabilidades assimétricas, desiguais, que são estruturais”

 

Reportagem: Luanna Carvalho  
Locução: Luanna Carvalho

 
O programa Trabalho e Justiça vai ao ar na Rádio Justiça de segunda a sexta, às 11h50.
 
Trabalho e Justiça 
Rádio Justiça – Brasília – 104,7 FM

Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.
Permitida a reprodução mediante citação da fonte.
Coordenadoria de Rádio e TV
Tribunal Superior do Trabalho
Tel. (61) 3043-4264
crtv@tst.jus.br

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Foi realizado, em Brasília, o 5º Seminário Internacional do Trabalho Seguro com o tema ‘Violências no Trabalho: Enfrentamento e Superação’. Foram três dias de palestras e debates com representantes da Justiça do Trabalho e convidados.

Leia abaixo a transcrição da reportagem:

REPÓRTER – O debate é antigo: como enfrentar e superar os diversos tipos de violência no ambiente de trabalho? O presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro Brito Pereira, ressalta que, mesmo em 2019, essa discussão ainda é necessária.

Ministro Brito Pereira – Presidente do TST e do CSJT
“Acontece todos os dias essa violência no trabalho. A violência no trabalho é comum, muito mais do que nós imaginamos, então nós precisamos falar disso todos os dias.”

REPÓRTER – O 5º Seminário Internacional do programa Trabalho Seguro reuniu durante três dias representantes da Justiça do Trabalho, especialistas no assunto e outros convidados. A ministra Delaíde Miranda Arantes, coordenadora do programa Trabalho Seguro, destacou que é preciso um novo olhar sobre as relações entre empregados e empregadores.

Ministra Delaíde Miranda Arantes – Coordenadora do programa Trabalho Seguro
“Nós vivemos no mundo uma crise de empregabilidade e vivemos também tempos de precarização do trabalho, de diversas formas de contratos precários, terceirização, contrato intermitente, e tudo isso agrava as estatísticas de violência no trabalho: acidentes, doenças ocupacionais, assédio, assédio moral e de todas as formas de violência no trabalho.”

REPÓRTER – A conferência magna de abertura do Seminário foi realizada pelo indiano Kailash Satyarthi, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2014.

Kailash Satyarthi – Prêmio Nobel Da Paz
“O primeiro passo é garantir segurança, dignidade, liberdade para todas as pessoas em qualquer local de trabalho, ao lado de um ambiente sem medo. Assim, poderemos definitivamente nos livrar do assédio e da violência e promover a paz”.

REPÓRTER – Durante o seminário, foi montado no TST o ‘acidentômetro’, um painel que contabiliza o número de acidentes envolvendo trabalhadores com carteira assinada desde 2012. Os dados apresentados foram disponibilizados pela Organização Internacional do Trabalho, a OIT, e pelo Ministério Público do Trabalho. O evento foi aberto ao público. A programação englobou debates, mesas redondas, exibição de documentários e conferências com temas relativos a direitos humanos, à promoção da paz, aos caminhos da não violência no trabalho e ao papel da sociedade nessas relações. Foi uma troca de experiências que deve ser levada para dentro das empresas, segundo o diretor jurídico da Caixa Econômica Federal, Gryecos Attom Valente Loureiro.

Gryecos Attom Valente Loureiro – Diretor Jurídico da Caixa Econômica Federal
“Um seminário de nível internacional, com palestrantes que vão trazer visões e opiniões sobre debates que estão ocorrendo em outros países… Eu acho que só engrandece juridicamente, intelectualmente, a produção final do que vai se extrair desse seminário.”

REPÓRTER – O professor de filosofia do direito da Universidade de Sevilha, na Espanha, Davi Sanchez Rubio, enfatizou que  a violência no ambiente de trabalho é uma afronta aos próprios direitos humanos e deve ser entendida como uma questão estrutural na sociedade. 

David Sanchez Rubio – Professor da Universidade De Sevilha, Departamento de Filosofia do Direito
“Meu ponto de partida como hipótese é que a cultura ocidental tem um modo de desenvolver sociabilidades, que desde o início são assimétricas, desiguais e provocam violência. Se projeta sobre o mundo do trabalho, mas se projeta sobre outras realidades. É uma forma que a cultura ocidental tem de, interseccionalmente, espalhar sistemas de dominações sexuais, de gênero, de classe sociomateriais, etc. E o mundo como compreendemos, entendemos direitos humanos, é excessivamente estreito, reduzido e não tem capacidade de enfrentar essas sociabilidades assimétricas, desiguais, que são estruturais”

 

Reportagem: Luanna Carvalho  
Locução: Luanna Carvalho

 
O programa Trabalho e Justiça vai ao ar na Rádio Justiça de segunda a sexta, às 11h50.
 
Trabalho e Justiça 
Rádio Justiça – Brasília – 104,7 FM

Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.
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